À PF, Bolsonaro diz que teve conversa reservada com integrante do governo Donald Trump
Ex-presidente tentou se descolar das ações de Bolsonaro nos Estados Unidos, mas admitiu repassar R$ 2 milhões para custear a permanência do filho em solo no...

Ex-presidente tentou se descolar das ações de Bolsonaro nos Estados Unidos, mas admitiu repassar R$ 2 milhões para custear a permanência do filho em solo norte-americano. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira (5), durante depoimento à Polícia Federal, que se encontrou com o conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, mas se recusou a dar detalhes sobre a reunião. Segundo Bolsonaro, "foi uma conversa de teor reservado". Bolsonaro foi ouvido no inquérito que apura suposta ação do filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, contra autoridades brasileiras. Investigadores apuram indícios dos crimes de coação no curso do processo e de obstrução de Justiça. O ex-presidente tentou se descolar dos movimentos de Eduardo Bolsonaro, que está licenciado do mandato na Câmara. Bolsonaro diz que enviou R$ 2 milhões para Eduardo 'não passar necessidade' nos EUA Bolsonaro disse que "as ações realizadas por Eduardo Bolsonaro são independentes e realizadas por conta própria". Acrescentou que o filho não reporta a ele com quem se encontra naquele país" e que não considera que ele esteja agindo para interferir nas investigações da trama golpista. Bolsonaro é réu por crimes como golpe de Estado e organização criminosa armada. O ex-presidente declarou que "não fez nenhum contato com autoridades americanas a respeito de sanções a autoridades brasileiras", como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República ou integrantes da Polícia Federal". E afirmou acreditar que os Estados Unidos não aplicaria sanções por lobby de terceiros. Também ressaltou que tem boa relação com o governo americano. PIX A Polícia Federal questionou sobre repasses de Bolsonaro para financiar a estadia do filho nos Estados Unidos. Ele afirmou que no dia 13 de maio repassou R$ 2 milhões via PIX para a conta de Eduardo e que a origem desses valores são da uma vaquinha que reuniu R$ 17 milhões em 2023. Ele contou que comentou com o ex-ministro Gilson Machado que estava tendo despesas com Eduardo Bolsonaro nos EUA - sendo que o ex-ministro tomou iniciativa de fazer campanha para o PIX sem seu conhecimento e que foi arrecadado aproximadamente R$ 1 milhão. Bolsonaro afirmou à PF que administra pessoalmente os valores, destacando que ele e Michele Bolsonaro são remunerados pelo PL O ex-presidente afirmou que gostaria que o filho voltasse ao Brasil e que o deputado só decidiu ficar por lá porque deputados do PT pediram a apreensão do passaporte, que demorou a ser decidida causando apreensão no filho .